Saudaçõe, Nação! Libertadores, quarta rodada, time milionário em campo… e o que a gente vê? Apatia. É isso mesmo. Um Flamengo que entrou pra jogar como se estivesse numa pelada de sábado à tarde. E o pior: em um jogo decisivo. Contra um time pequeno no próprio país. O que era pra ser vitória tranquila virou empate sofrido, sem alma, sem pressão, sem gana. E mais uma vez a gente sai com aquela sensação de que dava pra muito mais.

Falar que começou bem é até verdade. O gol do Arrascaeta foi bonito, jogada trabalhada, bola na rede com categoria. Mas o que veio depois foi um verdadeiro retrato da falta de sangue nos olhos desse time. Cara a cara com o goleiro, o mesmo Arrascaeta tentou uma bola colocada sem força nenhuma, como quem quer encantar, não resolver. Não é possível que um jogador do nível dele esteja sem perna aos 15 minutos. Ou é problema físico, ou é falta de cobrança. Ou, pior, é a tal zona de conforto que parece que ninguém tira esses caras.

O adversário estava entregue. Sem torcida pressionando, num estádio vazio, gramado bom… e mesmo assim o Flamengo não matou o jogo. Juninho, quando teve a chance, quis cavar pênalti. Em vez de pensar como matador, quis ganhar no grito. E aí, meu irmão, quem não faz… toma.

A pergunta que não quer calar: cadê o treinador? Cadê a bronca no vestiário? Cadê a indignação com a atuação morna de quem deveria representar milhões? Sinceramente, eu fico me perguntando se o Filipe Luís ainda tá no modo “ex-jogador brother da galera” ou se entendeu que ser técnico é cobrar, é incomodar, é chacoalhar o grupo. Não dá pra ser técnico e amiguinho ao mesmo tempo, parceiro.

E vamos falar a verdade: o time parece um bando em campo. Sem jogada de profundidade, sem chute de fora da área, sem pressão, sem finalização limpa. Quando empata, parece que aceita. E quando tá vencendo, acha que já ganhou. Isso se chama soberba. Soberba da escalação, da postura e da leitura equivocada do jogo. O adversário, por mais limitado que fosse, soube jogar. E o Flamengo não soube reagir.

Agora a situação tá feia. Pra passar de fase, tem que ganhar da LDU por dois gols e depois fazer saldo contra o time que já tá eliminado. E aí a gente lembra daquele gol perdido do Bruno Henrique no último lance do jogo anterior… olha como faz falta.

Ah, e vamos falar de quem comanda tudo isso. O presidente do clube, o BAP, que tanto falava de profissionalismo, de transparência, de gestão eficiente… sumiu. Cadê ele pra cobrar? Cadê ele pra aparecer no CT, reunir os jogadores, olhar no olho e perguntar “o que tá faltando?”. Porque estrutura, salário em dia, torcida apaixonada e elenco qualificado, tudo isso tem. Mas tá faltando algo que a gente via no Flamengo de 2019: vergonha na cara.

O torcedor tá fazendo a parte dele, mesmo com ingresso caro, mesmo com desconfiança, mesmo tomando pancada. E o time? Entrega isso? Vai ter que comer muita grama contra a LDU se quiser sair desse buraco. Porque se cair pra Sul-Americana, com esse elenco, vai ser sim um vexame histórico.

E você, Nação? Ainda acredita na classificação? Ou já tá preparando o coração pro sofrimento de novo? Comenta aí, desabafa comigo e vamos cobrar juntos esse time.