O Flamengo une gerações

Nasci no final dos anos 70, uma época que marcava o início da geração de ouro do Flamengo comandado por Zico. Minha família era uma mistura de cores e paixões futebolísticas:
Meu pai, fanático tricolor, vinha de uma linhagem inteiramente dedicada ao Fluminense. Meu padrinho e minha avó materna, por outro lado, eram botafoguenses fervorosos; e minha mãe, uma flamenguista raiz.

Enquanto meu pai tentava me vestir com a camisa do Fluminense, era junto com minha mãe que acompanhava os jogos e as façanhas de Zico, Adílio, Andrade e cia. Cada jogo era um convite para me apaixonar ainda mais pelo Flamengo. O primeiro jogo vivenciado in loco no Maracanã, até hoje está nítido em minha mente. A torcida cantando em uníssono, a explosão de alegria a cada gol e o grito de “Mengo!” ajudaram a selar meu destino.

O Flamengo, para mim, nunca foi apenas um clube. Foi o elo que uniu gerações. Meu pai fazia uma “secação” velada. Mas ainda que nunca tenha admitido abertamente, ficava feliz com a minha alegria ao admirar aquele time. Meu padrinho, embora botafoguense, passou a aceitar e até me presentear com roupas do Flamengo em datas especiais. E minha querida avó materna me disse, em várias vezes, que em muitos jogos torcia para o Flamengo, por minha causa.

Cresci vivendo e compartilhando o Flamengo com amigos e familiares. Lembro dos debates calorosos em casa, dos jogos assistidos ao lado de cada um. O Flamengo não era apenas um clube para mim; era uma ponte que conectava gerações, mesmo entre rivais.

Hoje, vejo essa mesma paixão crescer no meu filho, Arthur Zico. O nome dele, claro, é uma homenagem ao maior ídolo da história do Flamengo, alguém que transformou o futebol em arte e inspirou gerações. Com apenas sete anos, Arthur já mostra sinais de ser um rubro-negro fervoroso. Ele adora ouvir as histórias que vivi, desde os tempos do Flamengo de ouro até as conquistas recentes, imitando a comemoração dos jogadores.

Ensinar meu filho sobre o Flamengo é muito mais do que falar de futebol. É compartilhar valores, histórias e a paixão por algo maior. Mostro a ele que ser Flamengo também é vivenciar e compartilhar uma herança emocional e cultural que transcende gerações.

Hoje, ao olhar para trás, vejo como o Flamengo moldou não apenas minha relação com o futebol, mas também com a minha família e amigos. Foi o time que me deu histórias para contar, momentos para lembrar e laços para celebrar. Mesmo vindo de uma família dividida entre tricolores e botafoguenses, foi o Flamengo que acabou unindo a todos, mesmo que por um breve momento, seja torcendo contra ou a favor, mas sempre respeitando o amor de cada um pelo seu time de coração.

O Flamengo é mais do que um clube. É um sentimento que ultrapassa gerações, barreiras e rivalidades. E é por isso que sigo apaixonado e grato por fazer parte dessa nação rubro-negra. A cada jogo, a cada título, reafirmo o que sempre soube: ser Flamengo é um privilégio, e é uma honra carregar essa paixão para sempre.

Uma emoção que une gerações e transforma vidas. E é com orgulho que vejo meu filho carregando essa paixão no coração. Afinal, como dizemos, “Uma vez Flamengo, sempre Flamengo!”

Se você também tem histórias emocionantes sobre como o Flamengo uniu sua família, compartilhe nos comentários. Vamos fortalecer ainda mais essa nação rubro-negra!

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